sexta-feira, 2 de maio de 2014

Lusíada Paixão














Terra minha que tão cedo,
Te fizeste moça na aurora.
Das águas que te banham
E me fazem acreditar na tua Arte.
Dos cargueiros que te percorrem,
Levando o teu nome à eternidade.
A cor que me fez amar-te…
Pois já vai longe a mocidade,
D’ este desatino estético,
Profundo, leve e D’ Irmandade.
De quem diz o que pensa.
Ai! (…) Minha Terra quisera eu,
Amar-te para lá do Douro.
Destas gentes rebeldes,
Deste desatino de marca.
A tua identidade de moça
E mulher, que espera e acolhe.
Neste tecido escorregadio,
Que te marca…que te penetra.
Nesta pertença!
Quisera eu nunca abandonar-te!
No sentir que me beija à nascença.
Porque quem nela habita então:
Torna-se guerreiro e sincero!
Num disparo genuíno
De quem diz eternamente…
O que pensa!

©Cristina Gonçalves D' Camões (2014)

Imagem: Criação de André Gandra (Designer de Moda), que me colocou o desafio de escrever um poema tendo como inspiração o padrão do tecido


Sem comentários: