quinta-feira, 29 de outubro de 2015

(Auto)Conhecimento




Se a solidão chegar, dança com ela
Se a solidão chegar, conta-lhe um segredo
Se a solidão chegar, cumprimenta-a subtilmente
Se a solidão chegar, abraça-a devagar
Se a solidão chegar, partilha o teu sorriso
Se a solidão chegar, canta-lhe um poema
Se a solidão chegar, sussurra-lhe uma música
Se a solidão chegar, ama-a
Se a solidão chegar, beija-a com paixão
Se a solidão chegar, lê-lhe um livro
Se a solidão chegar, escuta-lhe o coração
Se a solidão chegar, anseia a sua presença
Se a solidão chegar, mostra-lhe o silêncio
Se a solidão chegar, observa a lua
Se a solidão chegar, fechas os olhos e sente-te
Se a solidão chegar, mostra-lhe que existes
Se a solidão chegar, ouve o cantar dos pássaros
Se a solidão chegar, abraça uma árvore
Se a solidão chegar, fica na natureza
Se a solidão chegar, recita uma prece
Se a solidão chegar, ousa sonhar acordado


Pois assim,  um dia saberás cantar, sorrir, dançar, amar, escutar o vento, o mar, o coração e sobretudo Saberás Quem És!


©Cristina Gonçalves D' Camões 

segunda-feira, 2 de março de 2015

O amor é









O amor é…

Um casamento d’aparência
Da sociedade castradora
De fingir que se ama
De viver do estatuto
Daquele que mente
Do que não se sente

O amor é…

As promessas fictícias
As juras dos dedos cruzados
Escondidos para não mostrar
O desejo de esquecer
Viver vidas de ilusão
D’egos alimentados pela razão

O amor é…

Estar onde querem
Para acertar a vida doutros
Que não sabem o que dizem
Maltratar a magia do amor
Fingir estar onde esperam
Aqueles que de nós nasceram


O amor seria…

Amar perdidamente
Sem dogmas, nem egos
D’encontros aclamados
Profundos
De pétalas de tulipas
Marcadas pela cor
Da fusão no outro
Da alma que se une
À outra parte do seu EU
Mais que profundo
Que anseia nunca mais
Se perder do (S)EU mundo.



©Cristina Gonçalves D' Camões (2012)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Paraíso
















Teus olhos, esmeraldas d’aurora ardentes,
Da alvorada que te traz à minh’ Alma.
Deste encontro que há séculos sentes?
Como uvas da saudade que acalma…

Meu Amor quisera eu te encontrar!
Da esperança outrora sentida…
Num sorriso que me dá vida,
E correra eu meu amor para te amar.

Quando o meu corpo estremece de desejo,
Porque quero encontrar-me nos abraços,
Desta fusão D’Almas no paraíso.

E ficar-me nos teus braços,
Para me desaparecer no teu beijo
E singela mergulhar no teu sorriso!



©Cristina Gonçalves D' Camões (2015)