domingo, 28 de agosto de 2011

LOUCURA?

Entra desenfreada em ti,
Tudo o que não esqueci
Utopias e novas quimeras.
Encontras o que esperas?
Pensamento, sombra e desatino...
Nem os Deuses fogem ao destino.

O tempo iludiu e calou,
E desespero profundo mostrou
Nas paredes ocultados,
Naquele hospício soterrados.
Ajuda! Pensam ser o fim...
Amanhã poderá ser o espelho de mim!

Dorme, louco, dorme,
(Cuidado: loucura enorme!)
As batas brancas chegaram?
Coitados, os estudiosos calaram,
Eles sentem-se loucos também.
Não é isto que o homem tem?

Deus que não o foi para todos,
Normalizou os modos.
Os pensamentos, a liberdade!
És louco desde a mocidade.
E tu, que apenas liberdade querias.
Confundido foste. Não merecias!

Quero ir busca-los,
Dessa ignóbil vida.
Mas nada posso fazer...
Que mais hei-de dizer?
Loucura que invejas a morte:

Morrer seria uma sorte!


Cristina Gonçalves D' Camões (2011)

4 comentários:

Lourenço disse...

belo Poema! Os meus Parabéns!

Cristina Gonçalves D' Camões disse...

Obrigada Lourenço.

Volte sempre.

JB disse...

Adorei este poema! Fez-me Viajar sobre ele :) Parabéns!

Cristina Gonçalves D' Camões disse...

Obrigada Joaninha,

Beijinhos, volta sempre.