Um casamento d’aparência
Da sociedade castradora
De fingir que se ama
De viver do estatuto
Daquele que mente
Do que não se sente
O amor é…
As promessas fictícias
As juras dos dedos cruzados
Escondidos para não
mostrar
O desejo de esquecer
Viver vidas de ilusão
D’egos alimentados pela
razão
O amor é…
Estar onde querem
Para acertar a vida
doutros
Que não sabem o que dizem
Maltratar a magia do amor
Fingir estar onde esperam
Aqueles que de nós
nasceram
O amor seria…
Amar perdidamente
Sem dogmas, nem egos
D’encontros aclamados
Profundos
De pétalas de tulipas
Marcadas pela cor
Da fusão no outro
Da alma que se une
À outra parte do seu EU
Mais que profundo
Que anseia nunca mais
Se perder do (S)EU mundo.
©Cristina Gonçalves D' Camões (2012)