Terra
minha que tão cedo,
Te
fizeste moça na aurora.
Das
águas que te banham
E
me fazem acreditar na tua Arte.
Dos
cargueiros que te percorrem,
Levando
o teu nome à eternidade.
A
cor que me fez amar-te…
Pois
já vai longe a mocidade,
D’
este desatino estético,
Profundo,
leve e D’ Irmandade.
De
quem diz o que pensa.
Ai!
(…) Minha Terra quisera eu,
Amar-te
para lá do Douro.
Destas
gentes rebeldes,
Deste
desatino de marca.
A
tua identidade de moça
E
mulher, que espera e acolhe.
Neste
tecido escorregadio,
Que
te marca…que te penetra.
Nesta
pertença!
Quisera
eu nunca abandonar-te!
No
sentir que me beija à nascença.
Porque
quem nela habita então:
Torna-se
guerreiro e sincero!
Num
disparo genuíno
De
quem diz eternamente…
O
que pensa!
©Cristina Gonçalves
D' Camões (2014)
Imagem: Criação de André Gandra (Designer de Moda), que me colocou o desafio de escrever um poema tendo como inspiração o padrão do tecido